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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Mulheres da antiguidade - Lisimáquia e suas companheiras sacerdotisas

Isto é história
Mulheres Audaciosas da Antiguidade
LISIMÁQUIA E SUAS COMPANHEIRAS SACERDOTISAS

Vicki León
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Às vezes, as pessoas pensam no mundo antigo ao redor do Mediterrâneo como um mundo ateu. Se algo definitivo pode ser dito é que esse mundo desfrutou um excesso embaraçoso de objetos de veneração religiosa através dos séculos, inclusive um impressionante supermercado com fileiras de deuses e deusas gregas e romanas; imperadores e imperatrizes deificados; o culto a Ísis, de orientação feminina, e o sangrento culto masculino a Mitras; além de adoradores do sol, bacantes, judeus, agnósticos, os mistérios  e os seguidores dos mandamentos, uma seita rotulada como cristã por volta de 300 d.C. Espiritualmente, havia uma escolha para cada uma das 50 milhões de alma que viviam nas terras ao redor do Mediterrâneo e do mar Negro.
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Os representantes visíveis do mundo sagrado frequentemente eram mulheres, que desempenhavam uma grande variedade de tarefas religiosas e cívicas e eram pagas em dinheiro, propriedades, vestimentas e adornos. Como “garotas de calendário”, seus nomes e mandatos serviam como cronologias. Certas sacerdotisas tinham de ser virgens; outras eram cidadãs casadas escolhidas por seus altos padrões morais. Casadas ou não, líderes religiosas se tornavam modelos de atuação e celebridades comunitárias por seus méritos. As vidas destas três mulheres tipificaram a variedade das carreiras religiosas gregas.
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Lisimáquia, que era uma sacerdotisa de Atena Polias, a figura religiosa mais importante em Atenas, ocupou seu cargo por um período recorde de 64 anos. Aristófanes, o escritor de comédias, usou suas qualidades de liderança e seu exemplo de perfil poderoso como modelo para a principal personagem feminina em Lisístrata, sua comédia do século IV a.C., famosa até hoje.
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No século II d.C., Melitine se tornou sacerdotisa da deusa Cíbele. Ela vivia na cidade-porto de Pireu, onde foi encontrado seu retrato celebrando o período de seu mandato no cargo. Deusa-mãe original do Oriente, Cíbele tinha um gigantesco número de seguidores na Grécia e em Roma. Entretanto, porcos homens gregos apreciavam a flagelação e autocastração entusiástica das quais os sacerdotes e seguidores homens do Oriente eram partidários.
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Ser a sacerdotisa de Deméter Chamyne, como era Arquidâmea, podia até lhe dar direito aos melhores assentos no centro do estádio. No sul da Grécia, só uma pessoa podia sentar no lugar de honra nos jogos olímpicos: a sacerdotisa. Seu assento especial estava justamente ao lado dos juízes. Arquidâmea também era a única mulher casada autorizada a assistir às olimpíadas. Pode parecer injusto que garotas solteiras – das virgens às não muito – pudessem estar presentes. Entretanto, a interdição das matronas era obedecida (mas pouco entendida) por razões culturais do tipo “nós sempre fazemos deste jeito”, portanto a lógica não era considerada.

A autora
Vicki León

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- A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da Antiguidade vai falar de “CRATÉSPOLIS”, uma rainha espartana que governou diversas cidades ao lado do seu marido, o rei Alexandre (não é o grande). Ao ficar viúva comandou um exército de mercenários, derrotando e submetendo mais cidades ao seu domínio.

– Do livro “Mulheres Audaciosas da Antiguidade”, título original, “Uppity Women of Ancient Times”, de Vicki León, tradução de Miriam Groeger, Record: Rosa dos Tempos, 1997.


- Todas As imagens foram extraídas do Google.

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