segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Mulheres da Antiguidade - Cinisca
Isto
é história
Mulheres Audaciosas da Antiguidade
Vicki León
Até
Cinisca aparecer, “sair atrás do ouro” não significava empenho olímpico –
acontecia que as mulheres espartanas bem-nascidas eram proprietárias de 40 por
cento dos bens imobiliários na Lacônia. Mas o fato de ser uma baronesa
latifundiária entediava a inflexível Cinisca; ela preferia usar sua
determinação e riqueza para abrir os Jogos Olímpicos para as mulheres. Entre os
espartanos, meninas e mocinhas seguiam uma longa tradição de prática de luta
livre, corrida, equitação e tomar banho nu com os garotos nas águas geladas dos
rios. Soa altamente estimulante, mas o principal objetivo era produzir mães com
bom preparo físico e bebês mais saudáveis que futuramente fossem soldados.
Felizmente, o produto derivado do preparo físico feminino espartano foi uma população
feminina mais independente.
Bem
cedo na vida, Cinisca, que era louca por cavalos, começou a criar e treinar
seus próprios animais. Ela também começou a influenciar seu irmão, então rei de
Esparta, para que ele a deixasse se inscrever numa corrida de carruagens de
quatro cavalos nos Jogos. O mais chocante de tudo é que ela evidentemente
queria conduzir a charrete, como as mulheres espartanas faziam comumente em
festivais e na vida diária. Se ela tomou as rédeas ou contratou um cocheiro, é
uma conclusão que continua indefinida. Cinisca ganhou pelo menos três medalhas
de ouro em sucessivas olimpíadas, o que lhe deu direito a uma estátua de
bronze, quase de tamanho natural, junto com seus cavalos nos templos de Zeus em
Olímpia e Esparta. Sua inscrição exultante diz: “Os reis de Esparta eram pais e
irmãos meus; com minha carruagem e cavalos tempestuosos, eu, Cinisca, ganhei o
prêmio, e aqui coloco minha efígie para proclamar que, de todas as mulheres
gregas, fui a primeira a ostentar a coroa”. Ela merecia se regozijar. Graças à
Cinisca e às mulheres que ela encorajou a seguir sua conduta, as mulheres
gregas deixaram de ser os prêmios nas
competições atléticas dos tempos troianos, e passaram a ser as premiadas.
A autora
Vicki León
- A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da
Antiguidade vai falar de “TAÍS DE ATENAS”, uma vendedora de sexo que se
aproveitou da bebedeira de Alexandre, o Grande, para incendiar completamente um
palácio.
– Do livro “Mulheres Audaciosas da Antiguidade”,
título original, “Uppity Women of Ancient Times”, de Vicki León, tradução de
Miriam Groeger, Record: Rosa dos Tempos, 1997.
- Todas As imagens foram extraídas do Google.
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