Albert Einstein dizia: Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, mas não estou seguro sobre a primeira. E o pior é que os ensinamentos estão aí à disposição de todos, mas, infelizmente, não aprendemos e teimamos em repetir os mesmos erros. Vestimos a couraça da vaidade e da arrogância e, quando fazemos besteiras, sempre culpamos a inconsciência ou nos justificamos com a célebre frase ‘errar é humano’. O problema é que o homem não assimila os bons ensinamentos e opta quase sempre pela mediocridade como exemplo. Esquece-se de ouvir ou ouve mal e incorpora maus sentimentos em seu cotidiano. Não sabem o que é a gratuidade, pois vivem sempre à espera de compensações e do seu egoísmo. É sempre desconfiado, violento, sempre dedicado a defender-se de tudo que possa ameaçar os seus privilégios. Vitimiza-se de tudo e de todos porque estes estão sempre procurando prejudicá-lo. Não sabe perdoar, não tem censo de autocrítica, é injusto e mesquinho. Penso que Nietzche tinha razão ao dizer que “Deus acertou ao limitar a inteligência humana, mas errou em não limitar a burrice”. Estou com Vinícius de Moraes: Quem já passou por essa vida e não viveu. Pode ser mais, mas sabe menos do que eu. Porque a vida só se dá pra quem se deu. Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu. Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não. Não há mal pior do que a descrença. Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão. Abre os teus braços meu irmão, deixa cair. Pra que somar se a gente pode dividir. Eu, francamente, já não quero nem saber de quem não vai porque tem medo de sofrer. Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão. Pois bem, o grande desafio é a luta para a criação de uma nova estrutura ética para o homem. De compromisso com o seu crescimento interior, que sempre é um processo de conversão e esta exige luta interior, onde o denodo e a vontade de mudar estejam presentes.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Ratos e Homens
Artigo pessoal
Ratos e homens
Clóvis Barbosa
Volto à temática acerca do sentido da existência
humana, tão explorada, em todos os tempos, pelos mais variados campos de
conhecimento. Quem somos? O que fazemos? Para onde vamos? Quem nos move? Por incrível que pareça esta preocupação não
é de agora. Contudo, continuamos no mesmo lugar: impotentes diante do absurdo
do mundo e da barbárie cada vez mais injustificada. O que é que está havendo
com o homem? Será que a verdade está numa quadrinha de autor desconhecido que
diz: De tanto encontrar canalhas penso
que Deus, por capricho, resolveu fazer da terra um depósito de lixo? Parece-nos
que nada evoluiu desde o dia em que Kierkegaard, o grande filósofo dinamarquês
do século XIX, falou que a sociedade em geral estava contaminada pela
condescendência e hipocrisia. Aliás, uma fase de sua vida mundana foi
importante para a sua transformação. Nesta fase, chegou a dizer que “com um rosto eu rio e com o outro eu choro”,
mostrando o lado falso de uma vida fútil, fixada na busca intensa do prazer,
mas que invariavelmente deixa sentimentos de tédio e insatisfação. A procura do
significado da vida fez com que ele deixasse um legado extraordinário para a humanidade
através das suas obras filosóficas, como “Ou
isso ou aquilo”, que fala de dois modos de vida, o ‘estético’ e o ‘ético’;
“Repetição”, que trata do conflito de
um jovem prestes a casar e o temor ao compromisso ético que esse pacto exige; já
“Temor e tremor”, analisa os
conflitos entre as demandas da ética e da religião; e em “O conceito de angústia”, se concentra nos momentos da vida onde a
angústia precede a fé. Conta ainda que desde Darwin sabemos que compartilhamos
a nossa origem com o mais dos insignificantes seres do reino animal. E a grande
diferença entre nós e o rato, por exemplo, é que temos que enfrentar um inimigo
muito poderoso, que está ao nosso lado e em todo lugar, sempre preparado, como
uma cobra, pronta para dar o bote: a estupidez.
Albert Einstein dizia: Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, mas não estou seguro sobre a primeira. E o pior é que os ensinamentos estão aí à disposição de todos, mas, infelizmente, não aprendemos e teimamos em repetir os mesmos erros. Vestimos a couraça da vaidade e da arrogância e, quando fazemos besteiras, sempre culpamos a inconsciência ou nos justificamos com a célebre frase ‘errar é humano’. O problema é que o homem não assimila os bons ensinamentos e opta quase sempre pela mediocridade como exemplo. Esquece-se de ouvir ou ouve mal e incorpora maus sentimentos em seu cotidiano. Não sabem o que é a gratuidade, pois vivem sempre à espera de compensações e do seu egoísmo. É sempre desconfiado, violento, sempre dedicado a defender-se de tudo que possa ameaçar os seus privilégios. Vitimiza-se de tudo e de todos porque estes estão sempre procurando prejudicá-lo. Não sabe perdoar, não tem censo de autocrítica, é injusto e mesquinho. Penso que Nietzche tinha razão ao dizer que “Deus acertou ao limitar a inteligência humana, mas errou em não limitar a burrice”. Estou com Vinícius de Moraes: Quem já passou por essa vida e não viveu. Pode ser mais, mas sabe menos do que eu. Porque a vida só se dá pra quem se deu. Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu. Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não. Não há mal pior do que a descrença. Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão. Abre os teus braços meu irmão, deixa cair. Pra que somar se a gente pode dividir. Eu, francamente, já não quero nem saber de quem não vai porque tem medo de sofrer. Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão. Pois bem, o grande desafio é a luta para a criação de uma nova estrutura ética para o homem. De compromisso com o seu crescimento interior, que sempre é um processo de conversão e esta exige luta interior, onde o denodo e a vontade de mudar estejam presentes.
Albert Einstein dizia: Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, mas não estou seguro sobre a primeira. E o pior é que os ensinamentos estão aí à disposição de todos, mas, infelizmente, não aprendemos e teimamos em repetir os mesmos erros. Vestimos a couraça da vaidade e da arrogância e, quando fazemos besteiras, sempre culpamos a inconsciência ou nos justificamos com a célebre frase ‘errar é humano’. O problema é que o homem não assimila os bons ensinamentos e opta quase sempre pela mediocridade como exemplo. Esquece-se de ouvir ou ouve mal e incorpora maus sentimentos em seu cotidiano. Não sabem o que é a gratuidade, pois vivem sempre à espera de compensações e do seu egoísmo. É sempre desconfiado, violento, sempre dedicado a defender-se de tudo que possa ameaçar os seus privilégios. Vitimiza-se de tudo e de todos porque estes estão sempre procurando prejudicá-lo. Não sabe perdoar, não tem censo de autocrítica, é injusto e mesquinho. Penso que Nietzche tinha razão ao dizer que “Deus acertou ao limitar a inteligência humana, mas errou em não limitar a burrice”. Estou com Vinícius de Moraes: Quem já passou por essa vida e não viveu. Pode ser mais, mas sabe menos do que eu. Porque a vida só se dá pra quem se deu. Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu. Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não. Não há mal pior do que a descrença. Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão. Abre os teus braços meu irmão, deixa cair. Pra que somar se a gente pode dividir. Eu, francamente, já não quero nem saber de quem não vai porque tem medo de sofrer. Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão. Pois bem, o grande desafio é a luta para a criação de uma nova estrutura ética para o homem. De compromisso com o seu crescimento interior, que sempre é um processo de conversão e esta exige luta interior, onde o denodo e a vontade de mudar estejam presentes.
Essa mudança está cada vez mais difícil, mas é a luta
do bom combate do apóstolo Paulo: despertar as consciências e libertar o homem
do egoísmo, da vaidade e da ganância. Gracian
(A Arte da Prudência) acentua que a
vida humana é uma luta contra a malícia do próprio homem, adiantando, também,
que conhecimento sem bom senso é uma dupla loucura. A insensatez, lamentavelmente,
é um cancro que impregna o tecido humano, vicia a alma e destrói os sonhos.
Está presente em todos os lugares, entre as classes mais abastadas e entre as
menos favorecidas. Entristece, contudo, quando a inteligência sucumbe à
insensatez. Não cabe, aqui, discutir as origens desse rebaixamento moral, mas é
importante enfrentarmos o dragão verde que solta bolas de fogo pelas narinas
existente em nós, como pensado por Nietzsche. Ele não pode continuar impedindo
o nosso peregrinar em busca da perfeição. A bíblia ensina que “assim como algumas moscas
mortas podem estragar um frasco inteiro de perfume, assim também uma pequena
tolice pode fazer a sabedoria perder todo o valor” (Ec 10,1). Estamos no limiar
de um ano novo. Fazemos dele o caminheiro da evolução do homem e de uma nova
oportunidade de seu progresso. Ando teimando com o tema. Fui buscar o título na
obra de John
Steinbeck (1902-1968), um californiano que teve toda a sua obra baseada nas
anotações que fazia da sua região. Ele é Nobel de Literatura de 1962. Dentre
suas obras está “Ratos e homens” (Of mice
and men), que trata do tema da fraternidade, bem como sobre a crueldade de
um mundo que não admite o estabelecimento de um vínculo entre dois homens. Faço
minhas as palavras de Steinbeck: “Eu
podia passar a noite toda falando coisas, mas depois você ia esquecer, e eu ia
ter de falar tudo de novo”.
Retratos da
vida - O Checheiro [1]
Filadélfio é
um sessentão rabugento que vive sozinho numa casa do centro da cidade de
Aracaju. Só duas casas residenciais existem espremidas no trecho. Ali, pelo
dia, funciona o comércio com lojas e órgãos públicos e privados. À noite, travestis
perambulam de lá para cá oferecendo seu corpo aos passantes. – É
cada carro ‘pancada’, meu irmão, que sai com as ‘meninas’. Disse ele a um
professor da Universidade que estava com alguns alunos fazendo uma pesquisa na
área. É de Pajero pra cima, falava
orgulhoso da sua bisbilhotagem. Até casal
vem aqui rebocar os ‘traveco´. Tem
um, todo jeitoso, com cara e corpo de mulher que faz sucesso. No mínimo ele faz
10 a 12 programas por noite. O professor perguntou pelo nome da “beldade”,
e de pronto ele respondeu: - Bárbara.
Ao concluir, com cara de nojo, arrematou: - é
uma sem-vergonhice. Não sei como alguém tem coragem de fazer sexo com essas
almas sebosas. O professor saiu satisfeito com o resultado das informações
precisas recebidas. Tinha anotado o nome de quinze ‘meninas’, todas caracterizadas pelos seus trejeitos, tão bem minimamente
detalhado por Filadélfio. Não teve dificuldade em conversar com cada uma delas.
Idade, faturamento diário, violência, nível social da clientela, tipos de
relação sexual, além de outras questões, foram colacionadas. Essa turma passou
cerca de um mês fazendo esse trabalho de extensão e nunca mais teve contato com
Filadélfio. Um dos alunos, impressionado com a riqueza dos detalhes relatados por
Filadélfio sobre a vida das “moças”, ousou perguntar a uma das ‘meninas’ se
conhecia a sinistra figura. – Seu
Filadélfio, o checheiro. Eu mesma recebi dois chechos. Ele se deu mal com
Vaneska. Tomou uma surra de “cipó caboco”. Tá no hospital com a bunda, a chibata
e as costas em carne viva.
[1] Checheiro ou xexeiro – caloteiro, aquele que contrata um programa
sexual e não paga.
- Publicado no Jornal da Cidade, Aracaju-SE, edição de
domingo e segunda-feira, 19 e 20 de janeiro de 2014, Caderno A-7.
- Postado no Blog Primeira Mão no domingo, 19 de janeiro
de 2014, às 16h18min, sítio:
- Postado
no Notíciasaju no domingo, 30 de
março de 2014, às 09h02min, sítio:
- Todas as fotos
foram retiradas do google.
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