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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Mulheres da antiguidade - Justa Honoria


Isto é História’

Mulheres Audaciosas da Antiguidade
Resultado de imagem para justa honoriaJUSTA HONÓRIA
Vicki León
Ninguém deixou sequer um retrato de Átila, o Huno, de fato um dos grandes homens malvados do mundo, mas temos um retrato de sua queridinha numa moeda romana. Por mais estranho que possa parecer, o Flagelo de Deus tinha uma namorada chamada Justa Grata Honória, e ela também não era nenhuma garota fogosa de baixo nível louca por hunos – Justa era a irmã de Valentiniano III, imperador da metade ocidental do Império Romano.
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Pensando bem, talvez Justa fosse só uma criança rebelde. Solteira, supostamente devotada ao celibato cristão, ela conseguiu ficar um tantinho de nada grávida em 434 d.C. Átila ainda não havia entrado em cena. O orgulhoso papai era um plebeu, o administrador de sua fazenda. Todos na corte imperial em Ravena, inclusive seu irmão, pensavam que Justa planejava se candidatar ao governo do Império. Afinal, suas parentas tinham assumido funções importantes no governo durante as folgas da imperatriz. Assim, o irmão mais velho pôs Justa de castigo para valer, banindo-a para a corte de um membro da família, Teodósio II em Constantinopla, a metade oriental do Império. Para reforçar, ele deu ao amante de Justa – e possivelmente ao bebê – um descanso permanente. Quando finalmente justa foi autorizada a retornar para a Itália, seu irmão mandão então a inscreveu para casar com alguém de confiança, um sujeito de boa família, mas sem nenhum tipo de ambições cansativas.
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A astuciosa Justa conseguiu colocar os sinos matrimoniais permanentemente suspensos. Ela tinha outros planos para o futuro. Felizmente, Val, seu irmão mais velho, ainda não tinha despedido nenhum de seus criados particulares, assim ela mandou um de seus eunucos ir, audaciosamente, aonde ninguém havia ido – ao campo de Átila, o Huno, que ultimamente andava mastigando as bordas enfraquecidas do Império Romano. O eunuco levou consigo o anel de Justa e um recado meloso dizendo como ela o achava fabuloso, e se ele estaria interessado num pouquinho de vingança – por uma generosa gratificação, é claro. Átila, um velho romântico no fundo do coração, disparou de volta um sim e uma proposta de casamento. Inevitavelmente, o irmão Val farejou o que estava acontecendo e tentou separar os correspondentes dizendo a Átila: “Minha irmã já está comprometida e, além disso, de qualquer modo ela não tem qualquer direito ao trono – portanto se manda”.
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Átila, o Huno, o Flagelo de Deus 

Não sendo o tipo de bárbaro que aceita um “não de jeito algum”, como resposta, Átila invadiu a Gália para demonstrar o que estava sentindo, aparecendo mais tarde na Itália para reclamar sua pouco promissora noiva. Como naquela época a Itália não tinha uma equipe da SWAT, o Papa Leão pulou no meio para negociar com o huno número um e evitar que ele queimasse Roma até os alicerces. Só Deus sabe o que poderia ter acontecido se a irascível Justa tivesse conseguido galopar para longe com Átila. Todavia, o destino sorteou o número de Átila, e ele morreu em 453 d.C., antes que esse casal estranho pudesse forjar um relacionamento ou mesmo desafogar o desejo de uma pequena vingança sórdida.   


IAIA
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Iaia de Cízico 

Nos tempos romanos, os pintores pintavam por motivos grandiosos. Certamente não era por dinheiro (uma quantia miserável na maioria dos casos) ou reconhecimento (a maioria dos pintores nem sequer podia assinar suas obras, sendo confundidos com artesãos). Iaia quebrou o molde. Originária de Cizico (hoje Turquia) no mar de Mármore, ela passou a sua vida em Roma, especializando-se em retratos pintados a óleo e gravações em marfim. Solteira e sem bolsa do Ministério da Educação, Iaia venceu por mérito. Ela tinha tantos adeptos que suas obras eram vendidas por preços mais altos do que os de seus dois contemporâneos mais conhecidos. Iaia também ficou famosa como a artista romana que desenhava mais rápido, uma benção quando se trabalha por comissões. Um século após sua morte, essa mulher com uma história de sucesso artístico ainda recebia glórias por seu autorretrato e seus estudos com letras.

- Esta foi a última postagem das “MULHERES AUDACIOSAS DA ANTIGUIDADE”, encerrando o ciclo dessas figuras femininas que fizeram história. Agradecemos à autora da obra, Vicki León, a sua tradutora Miriam Groeger, à Editora Rosa dos Tempos, por permitirem que publicássemos o teor do livro “UPPITY WOMEN OF ANCIENT TIMES”, título original inglês.
- A próxima postagem vai iniciar novo ciclo de temas do cotidiano. Agora, do livro “ARACAJU PITORESCO E LENDÁRIO”, do escritor Murillo Melins, vocês vão conhecer as principais figuras que viveram e fizeram história na capital Sergipana. O primeiro personagem explorado será INÁCIO BARBOSA, numa crônica de Zózimo Lima. Inácio, foi o fundador de Aracaju.  
- Do livro “Aracaju Pitoresco e Lendário”, de Murillo Melins, Empresa Gráfica da Bahia, 2015
- As imagens aqui reproduzidas foram retiradas do Google. 

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