Nobre persa com uma queda por
reformas, Apama casou com o general Seleuco no casamento em massa celebrado
por Alexandre, o Grande, em 324 a.C. Depois da morte de Alexandre, este casal
com seus quatro filhos acabou governando um território de 3.367.000
quilômetros quadrados, estendendo-se da Pérsia à Turquia. Acreditando
firmemente em investir em sua própria área, Apama colocou sua parte do mundo
no mapa, mediunicamente falando, quando renovou Dídima, um oráculo na costa
da Turquia com reputação mundial de fazer previsões quentes desde os tempos
bíblicos. Santuários com oráculos eram grandes negócios, funcionando
frequentemente como bancos internacionais, portanto Apama também tinha
objetivos profanos. Não foi nenhum orçamento insignificante que cobriu essas
reformas – a rainha importou colunas de mármore com 18,28 metros de altura ao
excelente preço de 1.5 milhão de dólares cada. O complexo de Dídima incluía
uma construção de 189 metros de comprimento com 78 lojas e depósitos, cujos
aluguéis pagaram a decoração do santuário – um toque bem bolado que antecedeu
os shoppings centers de hoje.
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segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Mulheres da Antiguidade - BERNICE
Isto
é história
Mulheres Audaciosas da Antiguidade
BERNICE
Vicki León
Sem
dúvida, ela era uma princesa judia cheia de nota e elegante. Mas, mesmo com
todas essas vantagens, não era fácil para Bernice ver o mundo da maneira como
queria; assim, na metade do século I, d.C., ela levou seu caso crônico de sede
de viagens para o altar, onde descobriu que a categoria da “roda da fortuna”
que ela mais gostava de jogar era chamada “soberanos de vida curta”.
Os
eventos tiveram um bom começo. Marco, seu primeiro marido, a levou para morar
na Alexandria, a excitante capital do Egito. Em curto espaço de tempo se seguiu
seu funeral e um novo casamento ocorreu com Herodes de Cálcida, na Grécia. Em
pouco tempo, ela havia enviuvado duas vezes, era mãe de dois filhos e com vinte
anos recém-completados e nem sequer estava ofegante. O marido número três foi
Polemão, a quem Bernice persuadiu lindamente a se deixar circuncidar, antes de
leva-la à pitoresca Cilícia, um reino montanhoso no sudeste da Ásia Menor
(parte da Armênia e da Turquia).
Entre
maridos, Bernice perseguia um outro hobby,
o de passar tempo frivolamente num outro tipo totalmente diferente de luxúria,
com seu irmão Agripa II. Os egípcios e gregos macedônios adoravam sexo em
família, mas o lance de irmão-irmã não caía nada bem com os judeus. Bernice não
se importava; ela acampou com Agripa na Cesaréia, e, quando seu palácio foi
queimado até o chão, eles tranquilamente trocaram de localização costeira e
mudaram para o lado romano.
Foi
assim que ela conheceu Tito, o destino final do peripatético circuito amoroso
de Bernice. Naquela época, viúvo de 28 anos e general romano em comando da
guerra contra os judeus, Tito veio preparado para cercar as muralhas de
Jerusalém e viu sua própria defesa derrubada por uma viúva bem-dotada (em todos
os sentidos da palavra) de 41 anos. Tito justificadamente se apaixonou por
Bernice. Ela foi sua amante por treze anos. Esperando poder desfrutar a
bem-aventurança do casamento e, melhor ainda, ser imperatriz, Bernice ficou se
aguentando por lá, visitando Roma, morando no palácio de Tito, sonhando de olhos
abertos em mudar a decoração.
Entretanto,
quando começou a pressão para um empurrão imperial, Tito deu para trás. Com
Jerusalém transformada num entulho fumegante e meio milhão de judeus mortos, os
romanos não estavam dispostos a aceitar uma judia, mesmo que fosse uma
deslumbrante vira-casaca, como a próxima imperatriz romana. Quando Tito
realmente se tornou imperador, ele relutantemente mandou Bernice para a remota
Gália para tirar umas longas, longas férias, onde ela supostamente viveu até a
idade de 72 anos. Assim como seus companheiros anteriores, Tito morreu com 42
anos, mal completando dois anos como imperador.
Vicki León
Autora
- A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da
Antiguidade vai falar de “BABATA”, uma mulher que pertenceu ao exército de
partidários de Simon Bar Kochba, e que viveu a partir dos anos 50 d.C. Conheça,
também, Apolônia, uma bela plebeia que casou com o rei Átalo I, soberano do
reino de Pérgamo, na Ásia Menor.
– Do livro “Mulheres Audaciosas da Antiguidade”,
título original, “Uppity Women of Ancient Times”, de Vicki León, tradução de
Miriam Groeger, Record: Rosa dos Tempos, 1997.
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