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quarta-feira, 16 de março de 2016

Mulheres da antiguidade - Hipárquia & suas companheiras filósofas

Isto é história
Mulheres Audaciosas da Antiguidade
HIPÁRQUIA & SUAS COMPANHEIRAS FILÓSOFAS

Vicki León
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Hoje em dia a filosofia é a carreira com a trajetória mais sem futuro que se pode escolher – a não ser, é claro, que você escreva um livro para adicionar à prateleira já abarrotada da autoajuda. Todavia, nos tempos antigos a filosofia era tanto um conforto como uma válvula de escape natural para as mulheres. Predominava o sistema do preceptor: as mulheres estudavam de diversas formas, com todo tipo de filósofo, como essa olhada rápida em quatro vidas fascinantes demonstrará.
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Dois mil e trezentos anos antes dos Beatles, uma jovenzinha chamada Hipárquia, que até aquele momento tinha sido respeitável, botou o pé na estrada. A ocasião: seu casamento com Crates, o filósofo mais popular de Atenas. Em vez de desfrutar a prosperidade de um registro matrimonial, Hipárquia entrou no estilo de vida cínico, escrevendo livros de diatribes (escritos injuriosos e violentos), criando dois filhos à base de feijão três vezes por dia, e comportando-se de uma maneira ultrajante (para demonstrar seu desdém pela convenção social, os cínicos faziam coisas inimagináveis em lugares públicos). Hipárquia e seu companheiro formavam uma sociedade de iguais e também aconselhavam pessoas doentes e perturbadas, serviam de árbitros em desavenças e consolavam os aflitos. E também não viviam apenas à base de feijão. Esse time de luta livre conjugal trabalhava no circuito de banquetes, onde Hipárquia entrava em debates e enfurecia a turma, que em sua maioria era composta por homens – mais um soco no olho da convenção social.
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Se a Grécia tivesse conferido prêmios na categoria de Filósofos Mais Famosos, Arete teria arrebatado um. Essa filósofa cerebral da cidade-estado grega de Cirene, na África do Norte, tinha uma estatística e tanto: 35 anos de ensino, quarenta livros a seu crédito e o elogio máximo que seu grupo intelectual podia lhe fazer – muitos de seus alunos eram eles mesmos filósofos. Arete aprendeu suas qualidades com o pai, Aristipo, que estudou com Sócrates, mas acreditava no prazer como bem maior. Sua filha veio a adotar uma filosofia igualitária incomum para aquela época, sonhando com um mundo sem amos nem escravos. O melhor aluno de Arete era seu próprio filho, que recebeu o apelido de “Aprendiz da Mãe” e que a sucedeu como diretor de sua escola.
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No século VI a.C., em Crotona, uma rica colônia grega na costa da Itália, Teano e suas filhas viviam a vida pitagórica, uma filosofia holística com um tom moderno que combinava cura, música, exercício, dieta vegetariana, psicologia infantil e estudos de saúde mental com física, geometria, matemática, astronomia e outras disciplinas. A escola desenvolvida por seu marido Pitágoras, após a morte deste passou a ser dirigida por Teano. Escritora, pensadora e curandeira, Teano foi o epítome da moralidade sexual e da apreciação serena pelas outras coisas viventes, pelas quais os pitagóricos eram famosos.
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Na altura de 300 a.C., Epicuro tinha grupos de discípulos de Atenas a Lâmpsaco na Ásia Menor (Turquia), onde viviam Temista e seu marido, Leôncio. Ela era uma aluna especial – ou talvez algo mais. Num bilhete que faria o coração de qualquer filósofa bater mais rápido, seu mentor Epicuro escreveu para ela: “Se você não vier me ver, estou bastante disposto a rodar três vezes sobre meu próprio eixo e me deixar propelir para qualquer lugar com o qual você concorde”. Talvez eles tivessem um ménage a trois metafísico. De qualquer modo, Temista deu a seu filho o nome de Epicuro, e ele retribuiu a gentileza dedicando seu livro Neocles a ela. Por ser também escritora, Temista era respeitada pelos gregos e até mesmo pelos pais do cristianismo, que normalmente escarneciam das filosofias e dos filósofos pagãos.

A autora
Vicki León
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- A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da Antiguidade vai falar de “FRINÉIA”. Ela viveu na Grécia e tinha uma beleza, divina ou não, que era motivo de inveja.  

– Do livro “Mulheres Audaciosas da Antiguidade”, título original, “Uppity Women of Ancient Times”, de Vicki León, tradução de Miriam Groeger, Record: Rosa dos Tempos, 1997.


- Todas As imagens foram extraídas do Google.

quarta-feira, 9 de março de 2016

O Homem que Amava os Cachorros

Opinião Pessoal
O homem que amava os cachorros (I)
Clóvis Barbosa


Concordo com Ismar Barreto na sua música “Parece, mas não é”. É que a língua portuguesa dá a determinadas palavras um sentido totalmente dissonante. E ele dizia: “Pederasta devia ser um homem culto. Aquele senhor é um grande pederasta. E não viado, como diz a palavra. Esfíncter, o músculo do ânus, devia ser um meteorito. Vai cair um grande esfíncter no deserto do Arizona. Períneo seria uma coisa de tempo: vai chegar um períneo em que a humanidade e tal, uma distância para um longo tempo... Já xoxota parece caroço de manga, fruto macio, alongado e doce. E entendido... Ainda bem, é mesmo coisa de marico”. Se você quiser conhecer a vida e a obra desse grande artista sergipano, leia “Ismar Barreto, da esbórnia ao sublime”, de Marcelo da Silva Ribeiro. E Ismar tem razão. Por que, por exemplo, associar a figura do cão ao diabo? A figura do cachorro ao vagabundo, safado, mau-caráter? A da cadela a uma mulher leviana? Por que, se o cachorro é tido e havido como o melhor amigo do homem? Quanta felicidade nos traz a presença de um cachorro em casa! As vantagens são inúmeras e são atestadas por estudos de grandes universidades pelo mundo: donos de cães vão menos ao médico, tomam menos remédio e quando ficam doentes, saem do hospital antes dos demais; apresentam taxas normais de pressão arterial. A companhia dos seus cachorros evita a depressão, principalmente em pessoas de terceira idade; faz as tarefas de o dia-a-dia ser mais relaxantes; contribui para que as mulheres produzam mais ocitocina, que é conhecida como o hormônio do amor; contribui para que os casais briguem menos; também para que as pessoas fiquem mais sociáveis e acessíveis a novos amigos, diferentemente das pessoas que não possuem este animal de estimação. Durante a minha vida convivi com três cachorros: na minha infância com Tarzan, que era do meu irmão mais velho; Há uns trinta anos com uma cadelinha de nome Bubba. Durante dezesseis anos viveu comigo um poodle de nome Rebecca. Morreu no ano passado e me deixou muito triste. Vivemos momentos de alegria e de muito amor recíproco.
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Ivan era um veterinário em Havana. Ao conhecer um homem que passeava com os seus cães, este confia ao veterinário informações importantes dos últimos anos da vida do revolucionário russo Liev Davidovitch Bronstein, conhecido como Trotski, que vivia exilado na cidade do México. Dizendo-se amigo íntimo de Ramón Mercader, voluntário das Brigadas Internacionais da Guerra Civil Espanhola e responsável pelo assassinato de Trotski, reconstrói todo o caminho que levou a este ato extremo que abalou o mundo em 1940. Todos conhecem a história. Trotski foi político, intelectual marxista, escritor e revolucionário bolchevique. Comandou o Exército Vermelho durante a Revolução de Outubro de 1917, que derrubou o czarismo na Rússia. Após ter assumido o controle do Partido Comunista e da URSS, Joseph Stalin perseguiu nomes proeminentes da revolução. Trotski foi uma de suas vítimas. Na verdade, a morte de Lênin em 1924 redundou numa luta fratricida entre os dois grandes herdeiros do sistema russo: De um lado, um intelectual de mão cheia, Trotski; de outro, Stalin, um brutamontes insignificante do período revolucionário, mas que ascendeu à secretaria-geral do Partido Comunista soviético. Um parêntese: na minha adolescência fui stalinista e anti-trotskista, e isso me envergonha por ter defendido um dos maiores criminosos do século XX. Culpo a ditadura militar brasileira que impediu o acesso de informação à minha geração. Tudo que era dito sobre Stalin era atribuíamos à propaganda norte-americana. Somente aos trinta anos é que melhor pude avaliar, criticamente, a revolução soviética e o papel do psicopata Joseph Stalin. Claro que a história não trata de hipóteses, mas só com o que ocorreu. Contudo, não tenho dúvida que a história seria outra se Trotski e não Stalin assumisse o poder após 1924.
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Diante da crescente burocratização do estado soviético por Stalin e da substituição do poder da classe operária para o partido, Trotski disse: “Em um país cujo único empregador é o Estado, oposição significa morte por fome. O velho princípio daquele que não trabalha não deverá comer, foi substituído por um novo aquele que não obedece não deverá comer”. Cada vez mais me convenço da importância da democracia. Embora a situação esteja “feia” em vários lugares, ainda é pela democracia que temos condições de mudar o homem e a sua estupidez. A não ser que tenhamos que continuar adotando a máxima de Alexandre Herculano, escritor romântico e historiador lusitano: “Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais.”  

POST-SCRIPTUM
O sangue itabaianense de Dolores Duran
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Há uns seis meses passei a twittar sobre o sangue sergipano de Dolores Duran e sobre o fato do grande ator e cantor norte-americano, Frank Sinatra, ter gravado uma música de uma filha de uma sergipana de Itabaiana. Foi um Deus nos acuda! Mentiroso, diziam os mais indignados; informação sem qualquer veracidade, falavam os mais comedidos. Mais um casal amigo e fraterno, o promotor de justiça Eduardo Seabra e a juíza de direito Mary Nadja se interessaram na pesquisa do tema. Eis que recebo um presente do casal: “Dolores Duran – a noite e as canções de uma mulher fascinante”, de Rodrigo Faour, Editora Record. Pois é, pessoal! Está lá no livro:
“Nascida Adiléia Silva da Rocha, Dolores Duran era a terceira dos quatro rebentos a aparecer no lar do sargento da Marinha Armindo José da Rocha (1887-1948) e da dona de casa e eventualmente costureira - Josepha Silva da Rocha (1912-99). Casa de gente simples, vida sem riqueza, mas tudo dentro dos conformes daquele tempo. Contudo, nem todas as crianças eram do mesmo pai e da mesma mãe. Do primeiro casamento de Armindo nasceram Hilton (1925-94) (...) e Hilda (1926-99) (...) Armindo ficou viúvo, e (...) acabou casando (...) com dona Josepha. Foi ali onde os dois filhos haviam nascido que também viria ao mundo Adiléia em 7 de junho de 1930 (...). A última do clã, Irley, apareceu apenas seis anos depois (...). Seu Armindo era pernambucano. Como a maioria dos militares (e nordestinos) daquele tempo, era um sujeito durão, resmungão e fumava muito (...). Dona Josepha por sua vez era sergipana, da cidade de Itabaiana. Semianalfabeta, mas muito inteligente, teve uma criação sofrida. Ficou órfã muito cedo, sendo criada pelos tios numa fazenda. Contava sempre às filhas que era do tempo em que as mulheres não podiam aprender a ler e a escrever porque senão acabariam por escrever cartas para namorados, e isto seria inadmissível. Na roça era assim, se a menina quisesse sair de casa para dar uma voltinha na rua, o pai cuspia no chão e ela tinha que voltar antes de o cuspe secar. Por conta disso, levou surras homéricas, a ponto de ter de ficar com o corpo de molho na água morna com sal grosso numa banheira para sarar os ferimentos (ou seja, amenizando a ferida, mas ao mesmo tempo impingindo a ela uma dor insuportável), tudo em nome de uma educação um tanto conservadora e tacanha a que as mulheres eram submetidas nas regiões menos favorecidas do Brasil. Certa vez, o primo mais velho de Josepha, que servia na Marinha, veio para o Rio, então a capital federal e, diga-se, o lugar mais promissor em termos de oportunidades no Brasil daquela ocasião. Sendo assim, por volta dos 12 anos, ela acabou aportando também em terras cariocas numa longa viagem, vindo de trem e navio. Chegando ao seu destino, outra prima foi logo arrumando algumas tarefas para ela dar cabo (...). Deveria entregar costuras na oficina de uma costureira. Ela então - sem saber ler nem escrever - ia levar as tais costuras em lugares que jamais tinha visto, sem nenhum traquejo até mesmo para conseguir ler os letreiros dos bondes (...). Assim como o marido, ela tinha gênio forte, sendo rígida na educação das filhas (mas não tão enjoada quanto ele), e - vejam só! - também apresentava dotes artísticos. Nas horas vagas, gostava muito de cantar, compor e improvisar. Era boa de gogó, afinada, mas nunca chegou a se aventurar na carreira artística propriamente dita. Pode ter vindo daí parte do gene musical da menina Adiléia. Embora não escrevesse, guardava muitas melodias e letras de cabeça. Cantarolando em casa o dia inteiro, a qualquer hora do dia ou da noite (foi assim até morrer), era possível ouvir quadrinhas como esta, de sua autoria: Eu vim aqui pra falar com você / Que eu agora vou deixar de beber / Eu vou gritar que a alegria é só minha / Eu não bebo mais em copo / Eu só bebo em garrafinha / No carnaval, sou eu quem vai decidir / Vou sair fantasiado de ‘Zé, pague um olho aí’ / E a fantasia ninguém tem igual a minha / Eu 'vou sair fantasiado de cachaça Praianinha. Dona Josepha tinha o dom do repente. Se visse uma pessoa e estivesse inspirada, era capaz de pegar o nome da criatura e improvisar rimas riquíssimas na hora, criando uma embolada ali, na frente do sujeito. Tinha lá suas vaidades. Ciente das próprias limitações, fazia questão de pedir às filhas que corrigissem seu português, caso dissesse alguma palavra errada em público - mas que não lhe chamassem a atenção na frente dos outros, óbvio, mas em off”.
  
 - Publicado no Jornal da Cidade, Aracaju-SE, edição de domingo, 16 de março de 2014, Caderno A-7.
- Postado no Blog Primeira Mão, segunda-feira, 17 de março de 2014, às 11h31min, sítio:

terça-feira, 1 de março de 2016

Mulheres da Antiguidade - Laís I e II

Isto é história
Mulheres Audaciosas da Antiguidade
LAÍS I e II

Vicki León
 
Os atenienses que procuravam uma escort para acompanhá-los a um banquete, um lugar de brincadeira refinada, ou para um pouco de sexo caro, tinham sua própria forma singular de e-(rótica) mail. No velho cemitério, localizado no pitoresco distrito jardim de Cerâmico, homens brancos não-tão-solteiros escreviam curtos anúncios pessoais diretamente nas lápides. Cortesãs famosas como Laís às vezes também deixavam mensagens indicando de quem elas gostavam no momento. A única desvantagem deste quadro de avisos de mármore era sua natureza pública: uma recusa ou humilhação logo era motivo de risadinhas por parte de todos em Atenas.
 
Como uma vendedora de sexo, Laís faturava o equivalente ao clube do milhão de dólares. Laís era um nome comum, Ana ou Maria de seu tempo. Já que os gregos não se importavam com sobrenomes, parece que houve mais de uma prostituta famosa chamada Laís; ou esse foi o caso, ou Laís era uma centenária que realmente tocou um negócio de grande volume (você se lembra de Jane Fonda no papel de uma prostituta muito preocupada com o relógio no filme Klute?).
 
A primeira Laís provavelmente procedia de Corinto, o centro da prostituição mundial. É claro que ela dava suas circuladas, passando bastante tempo em Atenas. Sua lista de chamada de amantes famosos incluía Míron, o escultor, que a imortalizou em mármore, e Eurípedes, o dramaturgo que conduziu uma batalha contínua de pequenos gracejos com ela.
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Laís II era especializada em fregueses filósofos. Dois meses por ano, ela cobrava uma nota em dracmas de Aristipo, um abastado seguidor de Sócrates, para fazê-lo feliz. Outras vezes, ela escolhia cobrar barato para dormir com Diógenes, o filósofo cínico que deu seu próprio significado à expressão desabrigado. Ele morava num grande pote de barro próximo à ágora, ou mercado. A despeito do estilo de vida vagabundo-sujo, Diógenes tinha sua própria escrava chamada Manes (Por falar em lugares acanhados, quando Manes e Laís estavam na residência, o jarro devia ficar bastante fétido).
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Frequentemente, Laís posava como modelo para Apeles, o melhor pintor de sua época. A obra-prima que ele pintou dela, chamada Afrodite surgindo do mar, não existe mais. Mas temos uma história excitante sobre a retirada de Laís. Parece que ela se apaixonou por alguém, seguiu-o até a Tessália e acomodou-se como sua esposa. Finalmente! Um relacionamento verdadeiro. Mas o pretenso casamento, ou a aparência ainda fantástica de Laís, enfureceu de tal maneira as tessalianas locais, que elas atacaram Laís enquanto ela estava no templo de Afrodite e a espancaram até a morte com banquinhos.
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A Grécia antiga empregava uma miríade de videntes como Jeanne Dixons, a mais famosa sendo Pítia, o oráculo feminino de Delfos, que se especializava em dar conselhos enigmáticos sobre a fundação de novas colônias. No século VII a.C., ela disse a um grupo de espartanos, liderado por Falanto e sua esposa Aitra: “Não parem até que sintam a chuva caindo de um céu límpido”. Assim eles navegaram ao longo da costa leste da Itália, tentando e não conseguindo capturar cidades no caminho (os colonizadores geralmente procuravam territórios virgens, mas não eram incapazes de invadir outras terras). Logo eles se cansaram. Próximos da cidade de Tarento (no salto da bota da Itália), um Falanto deprimido se jogou ao chão. Para confortá-lo, Aitra fez o que as mulheres têm feito pelos seus homens desde os tempos imemoriais: colocou sua cabeça sobre os seus joelhos e o penteou. Como os homens espartanos tinham cabelos longos, ela teve um trabalho e tanto. Ou pela situação difícil em que se encontravam ou pelo estado do couro cabeludo do marido, Aitra também ficou deprimida e começou a chorar. Quando o marido sentiu suas lágrimas caírem sobre seu rosto, ele entendeu o oráculo: o nome de sua esposa significava “céu límpido”. Ele levantou de um pulo, saqueou Tarento alegremente, expulsou seus cidadãos – que não eram gregos, por isso pouco importava – e uma nova colônia espartana estava se formando, graças a duas mulheres.

A Autora
Vicki León
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- A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da Antiguidade vai falar de “HIPÁRQUIA E SUAS COMPANHEIRAS FILÓSOFAS”. Ela e suas amigas revolucionaram a filosofia da antiguidade.  

– Do livro “Mulheres Audaciosas da Antiguidade”, título original, “Uppity Women of Ancient Times”, de Vicki León, tradução de Miriam Groeger, Record: Rosa dos Tempos, 1997.


- Todas As imagens foram extraídas do Google.
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