No Egito, muitas mulheres atuaram como soberanas ou regentes,
mas umas míseras quatro mulheres conseguiram usar os cinco títulos oficiais
de faraó – O nome de Hórus sendo o mais importante. Twosret era uma das
quatro. Em torno de
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segunda-feira, 1 de julho de 2013
Mulheres da antiguidade - SOBEKNEFERU
Isto é história
Mulheres Audaciosas da antiguidade
SOBEKNEFERU
Vicki León
Nas
areias do Egito perto de Dashur situa-se uma pirâmide, sua fachada brilhante de
calcário branco destruída, as ruínas de tijolos de lama derretendo
vagarosamente como sorvete de chocolate ao sol. Ela pode ser uma das poucas
peças tangíveis que sobraram de Sobekneferu, a segunda mulher da história a se
tornar uma faraó de verdade.
Sobekneferu,
cujo nome significa “linda crocodila” (que não é tão grosseiro quanto soa –
Sobek era o deus-crocodilo) viveu nos primeiros anos do século XVIII a.C.,
tendo sido o último membro de sua dinastia real. O Egito e suas propriedades na
Núbia eram um oásis calmo em tempos globais conturbados, em parte devido ao
longo e tranquilo reinado de seu pai. Quando o pai e o irmão morreram,
Sobekneferu tornou-se faraó, a soberana do sul e do norte. Como tal, tinha o
privilégio de escolher o próximo rei casando-se com ele – preferivelmente do pool de genes dos nobres que viviam na
capital, em Tebas.
Mas,
a linda crocodila gostava de governar sozinha, e levou o tempo que bem entendeu
para fazer a seleção. Quando encontrou seu homem, escolheu um plebeu do baixo
Egito. Com essas notícias, as coisas ficaram pretas; a escolha amorosa de
Sobekneferu enfureceu tanto o povo que estourou uma guerra civil entre o norte
e o sul. Os egípcios estavam tão ocupados lutando que não notaram a invasão
gradual dos hábeis guerreiros hicsos com suas carruagens, que puseram um ponto
final no domínio local. Entretanto, a essa altura, a faraó crocodila já estava
aconchegada em sua pirâmide ao sul do Cairo.
(*)
- A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da Antiguidade vai falar de mulheres
estrelas das pistas de corrida, rainhas astuciosas, prostitutas e mártires
autênticas. São mulheres que viveram na Ásia Menor e Terra Santa. Vamos começar
falando de MASTIGA, conselheira matrimonial que viveu em Kizzuwatna, na Turquia, ela usava técnicas psicológicas antigas e
modernas para resolver problemas que iam
de brigas familiares à impotência.
(**)
– Do livro “Mulheres Audaciosas da Antiguidade”, título original, “Uppity Women
of Ancient Times”, de Vicki León, tradução de Miriam Groeger, Record: Rosa dos
Tempos, 1997.
A autora
Vicki León
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