segunda-feira, 16 de julho de 2012
Mulheres da Antiguidade - Taís de Alexandria
Isto é história
Mulheres Audaciosas da antiguidade
TAÍS DE ALEXANDRIA
Vicki León
Os alexandrinos eram muito talentosos para inventar coisas, mas as invenções são como crianças: você as cria, mas realmente não sabe como elas vão acabar. Em torno de 150 A. C., um barbeiro local chamado Ctsíbios estava mexendo num espelho da loja tentando contrabalançá-lo. Nesse processo, ele fez um barulho rude com ar comprimido, que lhe deu a idéia para um instrumento musical. Ele o chamou de hydraulis ou “órgão hidráulico”. Você sentava naquela coisa, com o formato de um altar redondo, e tocava em suas teclas.
Sua esposa, Taís, ficou bastante entusiasmada com a invenção. Quando Ctsíbios conseguiu resolver os problemas todos, ele também ensinou Taís a tocar. Logo o som doce e alegre do órgão hidráulico varreu o Mediterrâneo. Nos tempos romanos, os músicos de hydraulis tocavam em casamentos, cerimônias de posse, intervalos de peças de teatro, e outros eventos públicos. Suponho que fosse inevitável que Nero, o imperador que fazia o que lhe dava na telha e aspirante a artista o aprendesse. Pior ainda, o hydraulis se tornou o instrumento favorito para acompanhar as sangrentas competições de gladiadores. Às vezes reforçado por uma ou duas trompas, o organista (geralmente uma mulher) triturava velhas favoritas enquanto combatentes cobertos de sangue trituravam uns aos outros. Taís não tinha a menor idéia do que ela havia começado; seu desempenho pode ter lançado a moda das mulheres tocadoras de hydraulis, até mesmo nos cenários mais horríveis.
(*) - A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da Antiguidadevai abordar a vida de HELENA DE ALEXANDRIA. Ela viveu em torno do ano 350, a.C. e era uma pintora de murais. Sua pintura inspirou o mosaico mais famoso do mundo: uma composição de Alexandre, o Grande, montado num cavalo e empunhando uma espada.
(**) – Do livro “Mulheres Audaciosas da Antiguidade”, título original, “Uppity Women of Ancient Times”, de Vicki León, tradução de Miriam Groeger, Record: Rosa dos Tempos, 1997.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário