terça-feira, 14 de agosto de 2012
HELENA DE ALEXANDRIA
Isto é história
Mulheres Audaciosas da antiguidade
HELENA DE ALEXANDRIA
Vicki León
Uma pintora de murais, Helena morava e trabalhava em Alexandria, no Egito, quando os feitos e a imagem de Alexandre, o Grande, ainda se mantinham claros como cristal na mente de todos. A cidade onde ela havia nascido, fundada por Alex em 332 a.C., era praticamente nova em folha.
Helena e Timão, seu pai e mentor na pintura, seguiam Protogenes e a escola asiática. Isso não quer dizer que eles fizessem caligrafia chinesa; nos tempos antigos. “Ásia” significava a Ásia Menor, ou o que nós chamaríamos de Turquia, além de parte da Síria e do Iraque.
Não sendo uma pintura de poses bonitas, ela gostava de retratar cenas de batalha e outras carnificinas em afrescos e telas. Sua obra-prima foi uma cena da batalha de Issos, uma estreita planície costeira da Ásia Menor, onde Alexandre, o Grande, deu uma coça nos persas em 333 a.C. Séculos após sua morte, durante o governo do imperador Vespasiano, um fã comprou esta obra de bravura pintada por Helena e a levou para Roma, onde ela ficou exposta no Fórum da Paz (um lugar estranho para pendurar uma cena de violência requintada, mas os pintores – especialmente os mortos há longo tempo – não podem ser exigentes demais). Esta obra não existe mais. Mas sabemos como o estilo de Helena deve ter sido. Dizem que sua pintura inspirou o mosaico mais famoso do mundo: uma composição fascinante de Alexandre, o Grande, a cavalo empunhando uma espada, seus olhos perdidos na distância já antevendo futuras conquistas. Esse mosaico foi descoberto em nosso século, no piso da vila de Fauno em Pompéia.
(*) - A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da Antiguidadevai falar de BERENICE. Ela viveu em Cirene, logo abaixo de Alexandria. Divertiu-se com dois noivos reais, mas casou com um terceiro, Ptolomeu III. Ela morreu envenenada pelo próprio filho, Ptolomeu IV.
(**) – Do livro “Mulheres Audaciosas da Antiguidade”, título original, “Uppity Women of Ancient Times”, de Vicki León, tradução de Miriam Groeger, Record: Rosa dos Tempos, 1997.
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