sábado, 12 de abril de 2014
Mulheres da antiguidade - DÉBORA
Isto
é história
Mulheres Audaciosas da Antiguidade
DÉBORA
Vicki León
Ela começou como
profetisa ou vidente, um dom bem visto pelos judeus e outros
povos antigos. As pessoas com uma segunda visão pareciam estar mais
próximas do Todo-Poderoso, o que tornava seus conselhos mais valiosos. Frequentemente,
os videntes funcionavam como líderes tribais, o que parece ter sido o caso de
Debi. Ela e o marido viviam à beira de uma estrada movimentada entre as cidades
de Ramah e Bethel, de onde os habitantes locais vinham constantemente à sua
procura para ouvir advertências e conselhos.
Mas,
preocupações maiores se avultavam. Os inimigos que vinham triturando os judeus
por vinte anos ameaçavam eliminá-los totalmente – principalmente o exército
afiado de Sisera, o Cananeu, cujas novecentas carruagens de ferro e arqueiros
estavam fazendo picadinho dos campos israelitas. Os poderosos talentos de
Débora fizeram dela uma escolha popular natural para o cargo de juíza de
Israel, uma palavra que naqueles dias se assemelhavam a salvadora ou líder de
guerra (por outro lado, se a escolha da Grande D foi por inspiração divina,
certamente foi uma das melhores jogadas de Deus).
Débora
recebeu promessas de tropas de 10 mil homens de várias tribos e nomeou um
guerreiro veterano chamado Barak para liderar o exército. Estrategista sagaz,
ela viu que os cananeus ocupavam a planície abaixo do monte Tabor e planejou
uma manobra esmagadora. Levando-se em consideração seu exibido currículo
militar, Barak era um pouco ridículo. Ele disse: “Não vou entrar nessa a não
ser que você vá também, Débora”.
“Não
esquenta”, disse Debi. “Eu os atrairei para o rio; você se atira sobre eles do
norte e os empurra para mim”.
A
chegada dos exércitos ao rio coincidiu com uma tempestade monstruosa, que fez
uma lameira do solo que já era pantanoso. Resultado: novecentas carruagens de
fogo atoladas na lama, os soldados cananeus trespassados pelas espadas, os
israelitas vitoriosos. Depois que uma aliada chamada Jael cuidou de Sisera, a
última coisa que restava fazer, Débora e Barak tiveram bastante tempo para
retornar à fogueira do acampamento, escrever uma canção de 31 versos, e
cantá-las para as tropas felizes. “A Canção de Débora e Barak” (note a posição
dos nomes em cartaz), cantada ao redor de poços e fogueiras dos acampamentos
judeus por milênios, se tornou uma campeã perene das paradas de sucesso no
Velho Testamento.
A autora
Vicki León
A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da
Antiguidade vai falar de JAEL, que viveu em Israel no século XII a.C. Aliada de
Débora, fingiu ajudar o general Sisera e o matou com uma marreta e estaca. Ela
foi imortalizada numa canção de Débora.
(**) – Do livro “Mulheres Audaciosas da
Antiguidade”, título original, “Uppity Women of Ancient Times”, de Vicki León,
tradução de Miriam Groeger, Record: Rosa dos Tempos, 1997.
(***) Todas As imagens foram extraídas do Google.
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