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domingo, 10 de maio de 2015

Mulheres da Antiguidade - Gala Placídia

Isto é história
Mulheres Audaciosas da Antiguidade
GALA PLACÍDIA

Vicki León
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A queda do Império Romano não foi como a demolição de um arranha-céu. Ele foi esfarelando pelas bordas, ruído por um número crescente de poderosas tribos bárbaras do norte e do leste, que se tornaram melhores e mais ousadas através dos séculos. Outros fatores fizeram o biscoito se esfarelar: uma inflação de dígitos duplos, falta de dinheiro em circulação, mudanças sociais e a velha favorita – decadência moral. Os romanos tentaram se aguentar de diversas maneiras, da ofensa e defesa à pacificação, subornos e alianças matrimoniais. A imperatriz Gala Placídia e outras mulheres da realeza de sua época desempenharam um papel raramente elogiado, mas fundamental nessa formação do império por métodos não-sangrentos.
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Nascida em Constantinopla, em torno de 388 d.C., Gala era filha do imperador Teo II (que mais tarde ficou famoso por abolir os Jogos Olímpicos pagãos de uma vez por todas). Ainda criança, Gala mudou com o irmão Honório para Milão, onde ele se tornou o imperador atrapalhado do Império Romano oriental. Não sendo do tipo de verificar o placar romano na parede, Honório deixou que os visigodos fizessem um treinamento prático, trabalhando para ele como governadores das províncias. Quando Gala tinha vinte anos, os visigodos fizeram sua jogada. Eles entraram rugindo em Roma, liderados por seu rei Alarico. Honório se escondeu prontamente em Ravena enquanto eles faziam o cerco. Em 410 d.C. os invasores finalmente saquearam Roma devidamente – o primeiro saque à cidade em oitocentos anos de existência. Imaginem o pavor de Gala quando os visigodos também a recolheram como despojo. Levada para a central dos visigodos, ela se viu prisioneira.
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Do lado positivo, Ataulfo, que tomou o lugar de Alarico como bárbaro em comando, gostou dela – e ela dele. Não sendo apenas broncos do tipo “eu Tarzã – você Jane”, os líderes bárbaros conheciam os costumes romanos e podem até ter sido cristãos da boca para fora. Gala casou voluntariamente com Ataulfo em Narbonne, uma cidade da qual os visigodos tinham acabado de retirar os gauleses locais como um aspirador de pó. Após um ano de casamento, os romanos mataram seu marido. Entretanto, naquele breve ano, Gala já o havia transformado num entusiasta do Império, nutrindo grande respeito por Roma e suas leis – imaginem o que ela poderia ter feito se tivesse tido mais tempo.
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De volta entre os latinos, Gala foi em frente, casando (desta vez consideravelmente menos encantada) com um general romano para garantir a sucessão. Homenageada como Augusta, sua força altruísta e boa cabeça finalmente foram colocadas à prova em aproximadamente 425 d.C., quando o filhinho de Gala, Val III, pulou da cadeirinha de bebê para o trono. Como regente, Gala dirigiu os assuntos do Estado por duas décadas, quando um oponente romano se aliou a forças hunas para cortar o seu poderio. Ela então guardou suas bolinhas de gude e foi para casa, tendo passado o resto de sua vida construindo lindas igrejas nas cidades de Roma e Ravena.

A autora
Vicki León
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- A próxima postagem de Mulheres Audaciosas da Antiguidade vai falar de “PULQUÉRIA”. Ela era uma mulher controladora que se tornou imperatriz e regente do seu irmão Téo, tendo exercido o poder durante quarenta anos no Império Romano oriental.

– Do livro “Mulheres Audaciosas da Antiguidade”, título original, “Uppity Women of Ancient Times”, de Vicki León, tradução de Miriam Groeger, Record: Rosa dos Tempos, 1997.


- Todas As imagens foram extraídas do Google.

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