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terça-feira, 2 de abril de 2019

Tipos Populares de Sergipe - Nelson Rapa de Pires


Isto é História

Aracaju Romântica que Vi e Vivi
Tipos Populares
Nelson Rapa de Pires
Murillo Melins
Nelson Rapa de Pires
Nelson Araujo, mais conhecido como Nelson Rapa de Pires, funcionário da Alfândega (guarda-mor), era um sujeito alto, gordo, alegre, inteligente, bem situado na vida, boêmio e repentista, admirado por toda Aracaju. Lembramos aqui de algumas situações que mostram sua vivacidade e inteligência: Certa vez, ele se encontrava na rua da Frente contemplando o mar, quando dele se aproximou um senhor com farda da marinha mercante, capitão de um navio que descarregava trigo. Este bateu no ombro de Nelson, vendo que ele olhava em direção à Barra, perguntando: - O senhor é o prático? Nelson imediatamente respondeu: - Não, eu sou o teórico.
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Estando ele em Salvador, excedendo-se nos acarajés e abarás, foi advertido por um amigo: - Nelson, não coma tanto essas comidas, senão você vaia cagar ralo. E ele respondeu: - agora é que eu vou comer. Você sabe quanto custa um ralo em Aracaju? Ele contou que ao sair de casa, na data em que se comemorava o Dia das Mães, disse: - Fiquei emocionado quando vi escrito na traseira de um caminhão: mantenha distância. Ele descia a avenida João Ribeiro, dirigindo sua lotação, quando algumas pessoas pediram para ele parar. Ele freiou o carro, e alguém apontando para a calçada onde se encontrava um homem caído, disse: - Seu Nelson, leve este homem para o hospital. – Não posso. – Por que, Seu Nelson? – Este transporte é lotação e ele está doente. Apesar daquela brincadeira, ajudou a colocar o pobre homem no carro e o levou para o pronto-socorro.
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Contava que quando moço, ofereceram-lhe um emprego para trabalhar na 3ª. Vara. Ele ficou muito satisfeito, pois desde rapazola sonhava em trabalhar no Tribunal de Justiça. No dia aprazado, o seu benfeitor o levou em direção ao Matadouro Modelo, e ali parando, Nelson perguntou: - o que viemos fazer aqui? O moço respondeu: - você vai trabalhar ali no Matadouro na 3ª. vara espantando os urubus. O Rapa de Pires não perdia oportunidade para fazer seus repentes. Certa vez ele entrou no Café Expresso e pediu um “pingado”. O funcionário que o atendeu, disse: - Seu Nelson, o café não pode sair porque a máquina está sem pressão. E ele respondeu prontamente: - traga com colchete mesmo.

O autor
Murillo Melins
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- A próxima postagem você vai conhecer POPÓ, um bêbado inveterado que todos os dias tomava o bonde no Bairro Industrial em direção ao Mercado. Ao retornar, ao se aproximar do seu ponde de desembarque, ele gritava: - Motorneiro, pare o bonde para um corno descer. Quando ele descia, dizia: Motorneiro, leve o resto.
- Do livro “Aracaju Romântica que vi e vivi”, de Murillo Melins, 4ª. Edição, 2011, Gráfica J. Andrade.
- As imagens aqui reproduzidas foram retiradas do Google. 

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