Aracaju/Se,

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mulheres da antiguidade - ASSURSARRAT

Isto é história

Mulheres Audaciosas da antiguidade
ASSURSARRAT
Vicki León

Os assírios tomaram a maior parte de sua cultura – o que não significa que tivesse muita – emprestada dos babilônios e dos sumérios. Eles realmente brilharam numa coisa: crueldade. Militarizados ao máximo, eles inventaram estados-fantoche, genocídio e formas engenhosas de punição através da mutilação. Na época que a rainha Assursarrat e o rei Assurbanipal assumiram o poder, em 668 a.C., seu império se espalhava da Síria à Rússia.

Uma assíria típica, Assursarrat tinha um estômago forte. Ela e o rei costumavam comer cigarras mergulhadas em mel, num jardim cujas árvores eram decoradas com os troféus de cabeças recém-decapitadas. A única coisa que não descia no seu estômago era a mania de seu marido de se vestir de mulher. Esse guerreiro mucho macho gostava de roupas femininas – mais confortáveis, ele dizia (não que alguém perguntasse – a não ser que essa pessoa fosse suicida). Em geral, os homens assírios gostavam de jóias grandonas e de barbas perfumadas coladas em cachos. Mas Assurbanipal se excedia, usando cosméticos no rosto e no corpo e imitando a voz de uma mulher ao falar.

Famoso por criar a primeira grande biblioteca do mundo, seu reino foi o último ato do Império Assírio. Pouco antes de sua queda, diz-se que Assurbanipal preparou uma pira funerária, encheu-a de seus perfumes preferidos e subiu a bordo com Assursarrat e todas as suas esposas. A versão B conta que Assurbanipal estava passando lápis na sobrancelha quando um dos seus generais entrou no aposento e o surpreendeu. Enojado – ou talvez invejoso – ele apunhalou o rei ali mesmo.

(*) - No próximo domingo, dia 14 de agosto de 2011, você vai conhecer ADAD-GUPPI, uma sacerdotisa que tinha um filho, Nabonido, e que se tornou rei na Babilônia nos anos 500 antes de Cristo. Com um filho complicado e sem talento para a política, a Babilônia foi praticamente administrada por ela. A complicada administração resultou na tomada da cidade pelo rei Ciro, da Pérsia.

(**) - Do livro "Mulheres Audaciosas da Antiguidade, de Vicki Leon, Editora Rosa dos Tempos, 1997, tradução de Miriam Groeger. Título original: "Uppity Women of ancient times".

Um comentário:

  1. Dado a tangente da morte do faraó. e tendo eu,ouvido a narrativa, honrosamente pelo próprio blogueiro, vou isentar a pira funerária de Assurbanipal desse desencarne coletivo. no fundo foi movido pelo ciume ou até mesmo pelo machismo extremo que o lacaio abelhudo apunhalou seu próprio rei pra que ele não mais fizesse uso de seu lapis de olhos.
    Muito boa essa cronica Clovis. grande abraço.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...