Aracaju/Se,

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mostra em São Paulo sobre Fernando Pessoa

Poesia

Mostra multimídia em São Paulo
celebra Fernando Pessoa e heterônimos


Ambiente da mostra "Fernando Pessoa,
Plural Como o Universo" em São Paulo




Considerado um dos maiores poetas do século 20, o português Fernando Pessoa (1888-1935) é tema de mostra que abre nesta terça-feira (24), no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. "Fernando Pessoa, Plural Como o Universo" traz textos, imagens e vídeos sobre os 47 anos da vida do autor, além de algumas raridades, como a primeira edição do livro "Mensagem", único publicado por ele, e os dois números da revista "Orpheu", um marco do modernismo em Portugal.

Durante o percurso, o visitante entrará em contato com os versos de alguns de seus heterônimos, como Alberto Caeiro, o “poeta da natureza”; Ricardo Reis, médico e discípulo de Caeiro; Álvaro de Campos, um engenheiro de educação inglesa e origem portuguesa; Bernardo Soares, autor do "Livro do Desassossego"; e de Pessoa, “Ele-mesmo”, considerado pelo próprio um ortônimo, em tom de ironia. Estarão expostos também poemas de heterônimos menos conhecidos e de algumas de suas personalidades literárias, como o Barão de Teive, o prosador suicida.

Cenografia

Com projeto assinado pelo cenógrafo Hélio Eichbauer, a exposição terá o mar e os tons de azul da água e do céu como identidade visual, remetendo à época dos descobrimentos e das grandes conquistas de Portugal, inspirada no livro "Mensagem". No primeiro ambiente da sala de exposições temporárias do museu, haverá cinco cabines, onde serão projetados trechos de poemas do próprio Fernando Pessoa e de seus heterônimos Alberto Caieiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares. A sexta cabine, chamada de “Eu Sou Muitos”, será dedicada a outras personalidades literárias criadas pelo poeta. Nesse mesmo ambiente, ao fundo, ficará exposta uma imagem de Pessoa reproduzida pelo artista plástico português e amigo do poeta, Almada Negreiros.


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o político ao esotérico, dicionário percorre obras e heterônimos de Fernando Pessoa. Em seguida, o visitante entrará numa espécie de labirinto poético que mostrará trechos de poesias e imagens de Fernando Pessoa, e, depois, passará para um ambiente onde documentos fac-símile ampliados, manuscritos ou datilografados, relacionados a sua vida estarão expostos dentro de vitrines.

O público vai ver algumas relíquias, como a primeira edição do livro "Mensagem", com uma dedicatória escrita pelo poeta; o primeiro e segundo exemplar da revista "Orpheu"; três exemplares da revista "Athena"; seis exemplares da Revista do Comércio e da Contabilidade; a série completa de "A Revista", de 1931; algumas edições da revista "Águia", onde Pessoa publicou seus primeiros artigos, e da revista "Presença", sucessora da "Orpheu". Algumas dessas publicações ainda poderão ser folheadas virtualmente com a ajuda de um e-reader instalado em cima de uma grande mesa comunitária, onde também estarão espalhados livros sobre a obra de Pessoa, em vários idiomas.

Atrás dessa mesa haverá um pêndulo que representará o tempo. Ele estará envolvido por uma tela com a imagem de um dos quadros do pintor português Nuno Gonçalves, que retrata personagens da sociedade portuguesa do século 15, representantes do clero, da nobreza e do povo. Ao lado dele, trechos de poemas de Pessoa serão projetados em dois tanques de areia.

Na parede ao fundo, dois vídeos serão projetados, como se fossem duas janelas. O primeiro, produzido pelo documentarista Carlos Nader com roteiro do poeta Antônio Cícero, mostrará pessoas, em meio a uma multidão, recitando Pessoa. O segundo mostrará uma imagem do mar, sempre em movimento, tirada do emblemático filme “Limite” (1931), de Mario Peixoto.

No último espaço da exposição, o visitante poderá acompanhar a cronologia da vida-obra do poeta, por meio de imagens retiradas da recém-lançada fotobiografia produzida por Richard Zenith, um dos curadores.

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"FERNANDO PESSOA, PLURAL COMO O UNIVERSO"

Quando: de 24 de agosto a 30 de janeiro de 2011

Onde: Museu da Língua Portuguesa (praça da Luz, s/nº, São Paulo-SP; de terça a domingo, das 10h às 18h). Bilheteria fica aberta de terça a domingo, das 10h às 17h. Nas últimas terças-feiras de cada mês, o museu permanece aberto até 22h (a bilheteria fecha sempre uma hora antes)

Quanto: R$ 6 (pagamento somente em dinheiro). Estudantes pagam meia. Crianças com até 10 anos e idosos a partir de 60 anos não pagam ingresso, bem como professores da rede pública.

Informações: 0/xx/11/3326-0775 e site do Museu da Língua Portuguesa.


 

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